O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE O CONFLITO ENTRE ISRAEL E PALESTINA

ISRAEL E PALESTINA

Para entendermos o conflito que se abate entre os palestinos e israelenses é preciso consultarmos a Bíblia. O único livro que nos põe a par do problema desde os primórdios. Deste modo, vamos discorrer na Palavra Revelada de Deus, buscando o entendimento para este problema que aflige Árabes e Judeus de igual modo. O relato à luz da Bíblia remonta ao Patriarca Abrão e a seus descendentes.


Veremos então como as coisas aconteceram e por que continuam acontecendo:

1. Deus planejou constituir um povo para que pudesse colocar em prática o seu projeto de salvação.

2. Deus chamou Abrão (Abraão) e prometeu-lhe que faria dele o pai de uma grande nação e que, nele, todas as famílias da terra seriam benditas (porque da descendência de Abraão viria Jesus) - Gênesis 12.1-3

3. Abrão creu e saiu do meio de sua parentela indo destino à terra de Canaã, levando consigo sua esposa Sarai e seu sobrinho Ló, além de outras pessoas que conviviam com ele em Harã - Gênesis 12.5

4. Abrão tinha 75 anos quando foi para Canaã. Deus lhe apareceu e disse que daria a ele e sua descendência toda aquela terra - Gênesis 12.7

5. Houve uma grande fome em Canaã e Abrão desceu para o Egito - Gênesis 12.10

6. Sarai, sua esposa, era muito bonita, e Abrão ficou com medo de perdê-la e acabar sendo morto pelos Egípcios. Combinaram, então, dizer que Sarai era sua irmã. Aconteceu tudo como Abrão previu. Acharam-na bonita e levaram-no para a casa de Faraó. Ali, recebeu muitas benesses por parte de Faraó, mas Deus castigou ao Egito com pragas por causa de Sarai. Deus não permitiu que ela fosse possuída por Faraó Gênesis 12.14-20

7. Abrão saiu do Egito e foi para Neguebe já muito rico com prata, ouro e gado - Gênesis 13.1

8. Abrão se separou de Ló e Deus lhe apareceu outra vez, prometendo-lhe outra vez toda a terra de Canaã e dizendo-lhe que a daria para sempre a ele e sua descendência (Gênesis 13.14-18). Do lugar em que Abrão estava Deus disse: olha para o norte, sul, oriente e ocidente, onde teus olhos alcançar será tua terra. Essa promessa de Deus se constitui na resposta à pergunta que muitos fazem: DE Quem é a terra de Canaã? Resposta: de Abrão e de sua descendência. 

9. Em Gênesis 15.1, Deus falou em visão a Abrão dizendo que Ele é o seu escudo e que Abrão teria um grande galardão. Abrão ficou preocupado e perguntou para Deus como isso poderia acontecer visto que ele não tinha filhos, mas apenas um servo. Deus responde que seu herdeiro seria um que viria dele mesmo - Gênesis 15.2-4

10. Deus fez uma aliança com Abrão como o penhor de suas promessas e falou a ele acerca do cativeiro no Egito por 400 anos - Gênesis 15.18-21

11. Sarai não concebia filhos porque era estéril. Conversou com Abrão e lhe ofereceu a sua serva Egípcia por nome Agar para que se deitasse com ela e dela gerasse filhos que se constituíssem sua descendência. Já haviam se passado 10 anos desde que estavam em Canaã e Sarai não gerava filhos a Abrão. Faltou-lhe, pois, paciência. E pelo fato ainda não conhecer a Deus em sua plenitude, tentou "ajudar" o Senhor no cumprimento de Sua promessa de descendência a Abrão - Gênesis 16.1-3

12. Quando Agar ficou grávida passou a desprezar a sua senhora. Sarai se queixou com Abrão que começava a entender que seu herdeiro viria, de fato, de Sarai. Abrão lhe disse que procedesse como quisesse com relação a sua serva. Sarai então, humilhou Agar, que fugiu para o deserto. O anjo do Senhor se revela a ela aconselhando-a a humilhar-se diante de Sarai. Também disse a Agar que faria de sua descendência um grande povo. Disse-lhe mais, que daria à luz um filho que deveria ser chamado de Ismael, porque o Senhor a acudiu em sua aflição: "Ele será, entre os homens, como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra ele; e habitará fronteiro a todos os seus irmãos" - Gênesis 16.7-12. Portanto, o conflito tem sido fruto desta profecia, entre os descendentes de Abrão com Sarai e os descendentes de Abrão com Agar. Isso está explícito.

13. Nasceu Ismael quando Abrão tinha 86 anos - Gênesis 16.15-17. Ismael foi o patriarca dos Palestinos. Exceto aos Egípcios, dos quais Ismael é descendente por parte de Agar, sua mãe. E todos descendentes de Ismael e descendentes de Isaque (filho de Abrão com Sarai) sempre estiveram bem próximos uns dos outros.

14. Mais uma vez Deus apareceu a Abrão confirmando Suas as promessas e mudando seu nome para Abraão. "Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus - Gênesis 17.1-8

Novamente a pergunta: De quem é a terra de Canaã? Da descendência de Abraão com Sarai por possessão eterna.  

15. Quando Abraão tinha 100 anos e Sarai 90 anos, Deus lhes apareceu outra vez. Confirmou as promessas. Mudou o nome de Sarai para Sara e disse que o filho de Abraão com Sara se chamaria Isaque - Gênesis 17.15-19

16. Abraão mais uma vez imaginou que seu descendente seria Ismael (Gênesis 17.18). Mas Deus responde-lhe em Gênesis 17.21 falando sobre Ismael e em seguida sobre Isaque - Gênesis 17.20-21.

17. Deus esclareceu a Abraão que a terra de Canaã pertencia a ele, a Isaque e a descendência de Isaque, mas não a Ismael. No entanto, Ismael também recebeu promessas e bênçãos da parte de Deus, mas Canaã foi dada a Isaque por possessão eterna conforme já vimos.

18. A partir daí, as coisas transcorreram na mesma direção e propósito que Deus havia apontado. Isaque nasceu (Gênesis 21.1-7) e Abraão rejeitou Agar e Ismael por causa de Isaque (Gênesis 21.9-10). Depois, Deus falou mais uma vez com Abraão, porque estava muito penoso com relação a Ismael (Gênesis 21.11). O Senhor lhe confortou o coração e, mais uma vez, disse que Isaque seria chamado a sua descendência (v 12). Ismael, porém, também seria uma grande nação, pois era filho de Abraão (v 13). 

19. Agar fugiu para o deserto com seu filho e ali ela o viu chorando de sede. Deus, ouvindo a voz do menino, mostrou-lhes água e disse a Agar que faria de Ismael um grande povo (v 18).

20. Mais tarde Ismael se casou com uma Egípcia e passou a habitar no deserto de Parã (vs 22 e 23).

21. Bem, até aqui temos as origens dos dois povos. Do povo Hebreu (hoje Israel), descendentes de Isaque e do povo Palestino, descendentes de Ismael. É interessante notar que da descendência de Isaque nasceu Jacó, a quem mais tarde Deus mudou o nome para Israel. Israel gerou a muitos filhos dos quais doze se constituíram nas 12 tribos de Israel.

22. Todo o conflito milenar de Israel e os Árabes tem suas raízes nos relatos bíblicos acima mencionados. Em poucas palavras, diríamos que toda a contenda está no revanchismo entre as partes desde os primórdios, com relação ao filho do casal Abraão e Sara e o bastardo filho de Abraão com a escrava Egípcia, Agar. Conflito este, sempre alimentado pela rivalidade dos ascendentes. Um, filho das promessas de Deus. O outro, filho da "ajuda" que Sara quis dar a Deus, no cumprimento das promessas que fez a Abraão.

23. Apesar desta confusão criada por Sara ao dar sua escrava como mulher a Abraão, Deus honrou ambos os filhos dele, mas somente Isaque foi o herdeiro legítimo das bênçãos de Deus prometidas a Abraão. Deus escolheu Abraão, chamou-o e criou condições favoráveis para a existência de Seu povo. 

24. À luz da Bíblia, fica esclarecida a questão do direito quanto à terra de Canaã que foi dada por Deus. 

25. No Egito, o patriarca José, filho de Jacó, neto de Isaque e bisneto de Abraão, se tornou governador. Assim, Faraó abriu as portas para a família de Jacó dando-lhes boas terras.

No decorrer dos anos muita coisa aconteceu. O povo Hebreu ficou escravizado no Egito por período de 400 anos. Estiveram também, mais tarde, no cativeiro Assírio; e outro tanto no Cativeiro Babilônico, sob o reinado de Ciro. 

As doze tribos iniciais foram sendo extintas por causa destes cativeiros. Das doze restaram as tribos de Judá e Benjamim, que se mantiveram tementes, obedientes e fiéis a Deus, com o nome de tribo de Judá. Daí o nome do povo Judeu ou povo de Israel.

Durante o cativeiro Babilônico Neemias e Esdras (hebreus cativos) tiveram notícias de Canaã e de sua decadência. O povo hebreu que havia restado da tomada da Palestina pelo Império Babilônico estava se misturando com outros povos vizinhos. Os muros de Jerusalém estavam destruídos, etc.

A providência divina, porém, permitiu que Zorobabel retornasse a Jerusalém com uma leva de hebreus, os quais deram início à reconstrução do Templo. Esdras, pouco mais tarde, retorna com outra leva, promovendo a reconstrução dos padrões morais e religiosos voltados para Deus. Por fim, retorna Neemias, que deu seguimento à reconstrução dos muros de Jerusalém.

Dessa forma tivemos o retorno do povo hebreu para a Palestina. Seguiu-se o Império Romano, durante o qual Deus deu seu Filho Jesus ao mundo como Senhor e Salvador, cumprindo-se nEle todas as promessas anteriormente feitas através dos profetas. Em Jesus, cumpre-se então o plano de salvação da humanidade, o plano perfeito projetado por Deus.    

Durante seu ministério, Jesus profetizou que o Templo de Jerusalém seria destruído, não ficando pedra sobre pedra que não fosse retirada. Esta profecia se cumpriu no Ano 70 de nossa era, quando o General Tito do Império Romano invadiu e conquistou Jerusalém, destruindo totalmente o templo e suas fundações por acreditar que ali houvesse ouro escondido. O povo hebreu foi novamente disperso mundo a fora e se espalhou por toda a terra. Principalmente na Europa.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler tentou exterminar o povo hebreu e acabou por matar cerca de seis milhões deles. Mas, a guerra acabou e o povo judeu foi uma vez mais, salvo. 

Outros povos contemporâneos de Israel já foram extintos a séculos. Mas Israel, o povo escolhido por Deus segundo as promessas feitas a Abraão, permanece de pé. 

O povo que se achava disperso mundo a fora enriquecia-se a cada dia. Eram grandes negociantes e contavam com grande sabedoria na administração de seus negócios. A maioria das pessoas entre os mais ricos do mundo eram (e são) judeus. 

A terra de Canaã estava em poder dos palestinos. Lembrando que os descendentes de Ismael ficariam próximos dos descendentes de Isaque. Pois bem, agora eles estavam na posse das terras.

O povo hebreu começou a retornar com grandes somas de dinheiro, reavendo suas terras novamente. Não mais conquistando pela guerra, mas comprando com dinheiro. Assim, compraram quase tudo o que possuíam anteriormente.

Em 1948, em uma sessão solene da ONU, criou-se o Estado de Israel porque eles já tinham toda a posse de suas terras e não estavam extintos como se imaginava anteriormente, pelo contrário, estavam unidos e procuravam cultivar os seus costumes e a sua religiosidade. Cumpriu-se então a profecia de Isaías em que Deus perguntou ao profeta: "Pode nascer uma nação em um dia? O que ao homem parecia impossível para Deus não. Uma nação leva centenas de anos para se organizar politicamente e ser reconhecida pelo mundo. Israel depois de mais de 900 anos disperso se reconstitui e nasce realmente em um dia como nação" - Isaías 66.8

Milhares e milhares de Judeus voltaram do exílio. Israel cresceu. Precisou combater por várias vezes com seus inimigos (descendentes de Ismael). Ganhou a guerra dos seis dias e conquistou mais terras que, anteriormente já eram suas.

Hoje, o conflito se dá pelo território de Israel. Remanescentes do povo Palestino cujas terras não foram adquiridas estão dentre do Estado de Israel. Por exemplo: há uma Mesquita Mulçumana no lugar onde havia o Templo de Jerusalém. Aquele que foi destruído pelo General Tito. E tudo isso é polêmico e motivo de discórdia, ódio, terrorismo, ataques e falta de paz, etc.


A TERRA QUE MANA LEITE E MEL 

Segundo o relato de Êxodo 3.8, 17; 13.5; 33.3; Levítico 20.17 e inúmeros outros registrados no Antigo Testamento, a terra de Israel é terra que mana leite e mel.

Quando Moisés estava voltando do cativeiro Egípcio com o povo, enviou espias para verificarem como era a terra prometida. A terra de Canaã. A terra que mana leite e mel. Disse Moisés: "Subi ao Neguebe e penetrai nas montanhas. Vede a terra, que tal é, e o povo que nela habita, se é forte ou fraco? ...se poucos ou muitos? . ...se a terra que habitam é boa ou má? ... como são as cidades que habitam? ...se em arraiais, se em fortalezas? ...qual é a terra se fértil ou estéril? ... se há matas ou não?" Depois de 40 dias os espiais voltaram trazendo frutos da terra: romãs, figos e um cacho de uva que precisou de dois homens para  ser carregado, suspenso numa vara. Moisés reuniu a congregação do povo de Israel e os espias deram o seguinte relato: "Fomos à terra que nos enviastes; e, verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela".

A terra realmente manava leite e mel. É claro que aí está inserida uma metáfora se é que se pode dizer assim, porque aos frutos da terra e a sua fertilidade diz-se que tratava-se de leite e mel. No entanto, lembremo-nos do gado que Abraão recebeu de Faraó quando esteve no Egito com Sara, levando-os para o Neguebe. Haviam ricas pastagens. As vacas por certo davam leite ao povo de Abraão e, nos campos floridos de Canaã, as abelhas colhiam o néctar para produzir o precioso mel tão apreciado pelos povos primitivos por causa de seu precioso sabor. Deste modo, no fundo no fundo, havia muito leite e mel proporcionado pelas condições ambientais e climáticas da terra de Canaã (Números 13). Mais adiante, em Deuteronômio 26.8-9  Josué fez a seguinte confissão: "...e o Senhor nos tirou do Egito com poderosa mão, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres; e nos trouxe a este lugar e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel."

Muitas pessoas que desconhecem o texto bíblico costumam afirmar que a terra era seca e inóspita, mas pelos relatos bíblicos vemos que a terra realmente manava leite e mel. O que levou os filhos de Israel ao Egito foi a busca por mantimentos. Havia fome em toda a terra, aí incluída, também, a terra de Canaã, provocada pela seca que se abateu sobre toda a terra. (Gênesis 41:56)

Então, a ida do povo de Israel para o Egito não se deu porque a terra que manava leite e mel era desértica ou inóspita. Mas, por causa da seca que se abateu sobre toda a terra. Por isso os filhos de Jacó desceram ao Egito para comprar mantimentos. Somente no Egito havia provisão. Um dos filhos de Jacó, chamado José, interpretou um sonho do Faraó que previa 7 anos de fartura e depois 7 anos de seca. O Faraó, constituiu José como Governador do Egito. José administrou bem os anos de fartura e por consequência planejou a alimentação do povo nos anos que se seguiriam de seca. Vendeu alimentos a seus irmãos e em seguida trouxe seu pai, irmãos, sobrinhos e servos no total de setenta pessoas para o Egito. Foram bem recebidos. Receberam boas terras. Quando José morreu se levantou outro Rei sobre o Egito que não conhecera a José, ele conclamou o seu povo dizendo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra (Êxodo 1.9-10). A partir daí começou o ônus do cativeiro do povo Hebreu no Egito. Depois seguiu-se que Deus levantou Moisés para a libertação do cativeiro Egípcio.

Assim, a questão entre árabes e judeus é muito mais polêmica do que se imagina. O relacionamento foi complicado desde o início. Sempre houve e sempre haverá litígio entre um filho legítimo e um filho bastardo, que o diga os pais. Israel é filho legítimo das promessas. Ismael é filho bastardo da ajuda que Sara quis dar a Deus para o cumprimento das promessas que eram frutos das alianças com Abraão, Isaque e Jacó. Não se pode negar que Ismael é descendente de Abrão e isto os árabes têm reivindicado muito, tanto religiosamente quanto ideologicamente. O argumento, é se dizerem filhos de Alá, por descendente de pai Abraão, pelo que lutam pela permanência na mesma terra, matando e morrendo por este propósito, praticando atrocidades e terrorismo. Certa vez um estudante de Islamismo revelou que o ódio que os mulçumanos nutrem por Israel decorre do fato de que Israel sempre foi desobediente a Alá. Que sempre deu trabalho a Alá. Motivo pelo qual, odeiam tanto ao herdeiro legítimo. É verdade, Israel sempre foi problemático. Mas, é o filho legítimo e o Pai sempre atentou para socorrê-lo e amá-lo, tanto quanto ama a todos os descendentes de Ismael, como já vimos nos textos mencionados no início.

Assim, tanto Árabes como Judeus carecem da salvação de Deus que está em Cristo Jesus que por enxerto na figueira verdadeira nos fez o seu verdadeiro Israel: - "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (I Pe 2:9). Amém.



Fonte: www.bibliapage.com/israel.htm

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