PÁSCOA - DA CRUZ À VIDA
1. A Origem que (quase) ninguém fala
Antes da cruz, havia uma porta.
Antes do túmulo vazio, um povo escravizado.
Antes de Jesus, um cordeiro sem defeito, imolado ao pôr do sol.
A Páscoa não começou no Gólgota, começou no Egito.
Enquanto o povo de Israel vivia oprimido, Deus preparava um livramento — e Ele o marcou com sangue. Não foi qualquer sangue, foi o de um cordeiro sem mácula, passado nos umbrais das portas, como sinal de proteção.
Naquela noite, a morte passou… mas onde havia sangue, houve vida.
Foi o início de uma libertação, e esse evento se repetia todo ano, até que um dia… o Cordeiro veio.
João Batista o viu e declarou:
“Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!”
Jesus não foi um símbolo… Ele foi o cumprimento.
O que era sombra se tornou realidade.
A Páscoa apontava para Ele o tempo todo.
Enquanto os hebreus eram libertos do Egito, nós somos libertos do pecado.
Enquanto eles marchavam para Canaã, nós caminhamos para uma eternidade com Deus.
O sangue do cordeiro físico protegia da morte física; o sangue de Cristo garante vida eterna.
Prática do dia:
Você já passou “o sangue” nos umbrais do seu coração?
Já se rendeu ao Cordeiro que tira o pecado do mundo?
A verdadeira Páscoa não é chocolate… é sacrifício.
Não é coelho… é Cordeiro.
Não é um feriado… é um chamado.
Volte à origem. Redescubra o significado.
A cruz faz sentido porque o Êxodo apontava para ela.
E hoje, o Cordeiro ainda convida:
“Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.”
2. O Cordeiro que escolheu ser sacrificado
Jesus não foi pego de surpresa.
Ele não foi apenas traído, acusado ou crucificado por acaso.
Ele se entregou. De livre e espontânea vontade.
No Antigo Testamento, o cordeiro da Páscoa era escolhido com cuidado: sem defeito, saudável, perfeito.
Mas agora, o próprio Cordeiro escolhe ser o sacrifício.
Jesus, o Filho de Deus, olhou para o mundo quebrado, mergulhado em pecado, e disse:
“Ninguém tira a minha vida. Eu a dou por mim mesmo.” (João 10:18)
Ele sabia da cruz antes de nascer em Belém.
Sabia da coroa de espinhos antes de andar sobre as águas.
Sabia da traição antes do beijo de Judas.
E mesmo assim… veio.
A cruz não foi um acidente. Foi missão.
Foi amor em sua expressão mais intensa.
Jesus sabia o preço, mas enxergava o propósito.
Na Páscoa do Egito, o cordeiro era escolhido e morto.
Na Páscoa do Calvário, o Cordeiro eterno se ofereceu.
Não há maior prova de amor do que essa: o Criador morrendo pela criação.
Prática do dia:
Você já percebeu que Jesus escolheu morrer por você?
Isso muda tudo.
Não vivemos mais tentando merecer o amor de Deus — vivemos a partir dele.
O sacrifício de Cristo nos chama a responder com entrega.
Não como obrigação, mas como gratidão.
Então, como você tem vivido?
Ainda tentando controlar tudo?
Ou já decidiu entregar, como Ele entregou?
Porque o Cordeiro se entregou… para que você viva.
3. O silêncio do sábado e a espera da fé
Sexta: morte.
Domingo: ressurreição.
Mas e o sábado?
O sábado da Páscoa foi um dia estranho.
Um silêncio pesado.
O Messias estava morto.
Os discípulos escondidos.
A esperança… enterrada.
Nenhum milagre.
Nenhuma voz do céu.
Nenhum sinal.
Apenas o silêncio.
E é aí que muita gente desiste.
Porque entre a promessa e o cumprimento, existe o tempo da espera.
Entre o “está consumado” e o “Ele ressuscitou”, existe um sábado em que parece que Deus não está fazendo nada.
Mas o Céu nunca para, mesmo quando a Terra não entende.
Enquanto os discípulos choravam, Jesus descia às profundezas, vencia a morte e tomava as chaves do inferno.
O silêncio de Deus nunca é ausência — é estratégia.
Prática do dia:
Você está vivendo um “sábado”?
Aquela fase onde tudo parece parado, onde o céu parece calado?
Não desista.
Não se trata de falta de fé — trata-se de permanecer mesmo sem sinais.
A fé que agrada a Deus é aquela que resiste no silêncio.
Quem crê, espera.
Quem crê, confia.
Porque se a sexta foi dor, e o domingo é glória…
O sábado é fé.
Não pule o sábado. Viva por fé.
A ressurreição está chegando.
4. Ressurreição — o recomeço que você precisa
Na sexta, o sangue.
No sábado, o silêncio.
No domingo… vida.
O túmulo estava lacrado, guardado, selado.
Mas nenhum selo da Terra pode conter a vontade do Céu.
Na madrugada do terceiro dia, a pedra foi removida — não para Jesus sair, mas para que a gente pudesse ver que Ele já não estava lá.
A ressurreição de Jesus não é apenas um milagre.
É uma mensagem viva:
O que parece fim, em Deus é recomeço.
O que o mundo declara como derrota, Deus transforma em vitória.
Jesus não apenas voltou à vida — Ele venceu a morte.
Ele não foi reanimado, foi glorificado.
E com isso, Ele nos oferece algo que o mundo inteiro procura:
a chance de começar de novo.
Prática do dia:
Você sente que fracassou?
Que algo morreu aí dentro?
Relacionamentos, sonhos, fé…?
Então ouça isso: A ressurreição de Cristo é o seu recomeço.
A cruz perdoa.
A ressurreição transforma.
A Páscoa não é só sobre um Cordeiro que morreu…
É sobre um Rei que vive — e reina para sempre.
Você não precisa mais viver preso ao passado.
Não precisa mais andar em culpas ou sombras.
A ressurreição prova que, em Cristo, sempre há uma nova manhã.
Comece de novo. Em Jesus, é possível.
5. A missão depois da cruz — não acabou no “amém”
A cruz não é o ponto final.
É uma vírgula entre o que Cristo fez… e o que Ele nos chamou para fazer.
Depois da ressurreição, Jesus não subiu direto aos céus.
Ele apareceu aos discípulos, comeu com eles, tocou suas feridas — e entregou uma missão:
“Vão e façam discípulos de todas as nações…”
(Mateus 28:19)
A Páscoa não termina no “Ele vive”.
Ela continua no “Ide”.
A cruz nos salva.
A ressurreição nos envia.
Enquanto o mundo celebra um feriado com chocolate, o céu clama por discípulos que entendem o peso e a beleza da comissão.
Não fomos salvos só para esperar o céu.
Fomos salvos para levar o céu a outros corações.
Prática do dia:
O que você tem feito com a mensagem da cruz?
Você já compartilhou com alguém que Jesus vive?
Há pessoas à sua volta vivendo como se a cruz não tivesse existido.
Mas você é prova viva de que Ele ressuscitou.
Não enterre o seu testemunho.
Não esconda a luz da ressurreição.
A missão está viva. O Cordeiro venceu.
Agora é com você.
Viva e anuncie. Porque a Páscoa continua.
6. A verdadeira resposta à Páscoa
A cruz foi real.
O sangue foi derramado.
A pedra foi removida.
A missão foi entregue.
Mas… e você?
Qual tem sido a sua resposta à Páscoa?
Ela não foi feita pra ser só lembrada, mas vivida.
Páscoa é arrependimento, entrega, reconciliação.
É mais do que um culto bonito ou um momento emocionante.
É decisão diária.
Jesus morreu por todos — mas a salvação só é real para quem responde com fé e arrependimento.
A verdadeira resposta à Páscoa não é dizer “amém” e continuar do mesmo jeito.
É dizer:
“Senhor, eis-me aqui. Minha vida é Tua.”
A cruz clama por transformação.
A ressurreição grita por um recomeço.
A missão pede por ação.
Prática do dia:
Você já entregou sua vida ao Cordeiro?
Já se posicionou publicamente como alguém que vive para Jesus?
A resposta à Páscoa é arrependimento, mas também é obediência.
Chegou a hora de sair do “banco espiritual” e viver o Evangelho com coragem, fé e verdade.
O céu fez sua parte.
A cruz foi erguida.
O túmulo está vazio.
Agora é com você.
Responda à Páscoa… com a vida.
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