EXPOSIÇÃO DA EPÍSTOLA AOS GÁLATAS 1:13-24

POR LUCAS NUNES
EXPOSIÇÃO DA EPÍSTOLA AOS GÁLATAS 1:13-24

Paulo, após argumentar nos versos 11 e 12 que o evangelho que ele anunciava não era invenção de homens e nem havia aprendido deles, passa a lembrar os irmãos a respeito da vida que tinha antes do chamado feito por Deus.

Se havia alguém que odiava os cristãos era Paulo, e ele sobremaneira perseguia a igreja de Deus. “Sobremaneira” significa “além das medidas”, “excessivamente”, o que mostra que Paulo se empenhava ao máximo para destruir a igreja. Esse é o significado da palavra “assolar”: destruir. Destruir a igreja. Destruir a fé. (v.13)
  
Paulo também não poderia ser acusado de que não era dedicado à lei, pois ele “excedia em judaísmo a muitos da sua idade”. Ele excedia, ultrapassava, era o mais adiantado no conhecimento da lei e também das tradições recebidas dos seus antepassados. (v.14)  
 
Paulo era extremamente zeloso com a aplicação desse ensino. A palavra zelo, descreve bem esse comprometimento com aquilo que ele considerava certo. Zelo significa “ferver”. É um intenso compromisso que o leva até mesmo a matar alguém por descumprir um mandamento (Nm 25.6-13).
Com a exposição desse zelo fervoroso, Paulo dá a entender que seria necessário algo extraordinário para mudar sua atitude. E isso aconteceu. Quando?
 
Quando Deus revelou seu filho Jesus a Paulo (v.15-16). Paulo não apenas viu uma luz ou ouviu uma voz. Ele viu Jesus, conforme 1 Co 9.1. Paulo fez algo para merecer isso? Não, muito pelo contrário.
Isso é “graça”. É um favor de Deus, um presente concedido para alguma finalidade. Qual era a finalidade? Para que “pregasse entre os gentios”. Paulo foi chamado para pregar para os não judeus.
 
De posse desse chamado, Paulo não procurou por opiniões de alguma pessoa ou retornar à Jerusalém onde estavam os líderes cristãos. Somente após 3 anos é que Paulo foi a Jerusalém, mas ficou apenas 15 dias junto a Pedro, tendo visto Tiago nesse período (v. 17-19).
 
Esses registros servem para fundamentar ainda mais que o evangelho que Paulo pregava não foi influenciado pelos primeiros líderes cristãos. 
 
A transformação de Paulo se tornou um grande testemunho do poder de Deus e foi motivo de alegria para as igrejas da Judeia. “Aquele que já nos perseguiu anuncia, agora, a fé que, antes destruía.” (v. 23)
Essa exposição nos leva a meditar naquilo que Deus pode fazer nos dias de hoje. Se esse homem de zelo fervoroso, instruído em altíssimo conhecimento, perseguidor da igreja, destruidor da fé, foi quebrantado pela presença de Jesus, imagine o que é possível Deus realizar nos dias de hoje!
 
Não há causa perdida para Deus, meus irmãos! Deus é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos! Creia nisso! Isso é motivo de glorificação por parte da igreja. (v.24)

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