ESMIRNA, UMA IGREJA QUE PREFERIU MORRER PARA VIVER

POR GUILHERME STOFER
ESMIRNA, UMA IGREJA QUE PREFERIU MORRER PARA VIVER

“(...) Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”  Apocalipse 2:10.

INTRODUÇÃO

O homem que passará a eternidade ao lado de Deus desde agora desfruta da presença e companhia de Deus por meio de uma comunhão eterna, estabelecida pela ação do Espírito de Deus, levando a Igreja a viver na revelação, antecipando assim a posse do Reino de Deus.


DESENVOLVIMENTO

Entretanto, haveria uma igreja que surgiria como resultado da vitória da doutrina apostólica sobre as oposições que se levantaram no início da caminhada da igreja, quando as hostes do adversário buscaram de maneira ineficiente disseminar doutrinas que minariam a verdadeira fé. Esta igreja fiel, fruto de uma palavra viva, viveria a palavra, pois a teria em seu coração, a manifestando como sua única forma de vida.

De maneira malignamente astuciosa e ferozmente, o adversário investiria contra a destruição física da igreja profética de Esmirna, querendo que ela negasse o nome de Jesus em troca de se ver livre das arenas de leões, das fogueiras e das cruzes. O que o adversário não pôde e não pode compreender é que a igreja fiel vive em prol da revelação de Jesus, o que ela mais quer é alcançar, viver e permanecer na sua direção.

Éfeso pode desfrutar uma prosperidade material, a qual ela usava para socorrer os pobres e necessitados da igreja, mas em meio a esta prosperidade houve muita luta interna, no seio da igreja, o que levou os apóstolos a se posicionaram firmemente com a doutrina do Senhor, doutrina esta que impediria que os fiéis fossem em enganados e que estes mesmo fiéis buscassem através dos recursos da graça estabelecer um ambiente de abundante graça, onde o Senhor acrescentava sinais e salvação de vidas.

Esmirna, por outro lado, teve suas propriedades confiscadas, seus empregos dissolvidos e suas posições na sociedade negligenciada; ela não desfrutava de um ambiente propício onde pudesse buscar ao Senhor livremente, ela não possuía acesso aos principais locais de culto, ela não podia mais sair em missões de evangelização pelos confins da terra, ela não via mais as mesma operações de maravilha no meio da igreja; mas Esmirna estava na obediência a Palavra de Deus, e não há limites para uma igreja que está na comunhão eterna do Espírito Santo.

Esmirna não precisava do que o Senhor permitiu que fosse tirado dela, pois seus bens eram eternos, sua carreira era o chamado do Senhor, sua posição era de fé diante do Espírito Santo, seu local de culto era a comunhão entre os corações fieis ao Senhor, sua missão de evangelização eram as fileiras das arquibancadas vindas para ver um espetáculo cristão, sua maravilha era viver a obra do Espírito em meio a tudo e ver outros se decidirem por viver a mesma obra.


CONCLUSÃO

O plano do adversário baseava-se na ideia de que a igreja preferiria a segurança material ao descanso eterno, mas o que ele não sabia é que a igreja fiel almeja a eternidade. A igreja fiel vive por estar com Jesus, por sentir a presença do Pai, por ser fiel ao chamado do Espírito Santo.

Se diante de leões, cruzes e fogueiras a única maneira de poder viver a comunhão eterna de Deus for através da transposição do limite físico que separa o homem do porvir, então a morte torna-se desejável, doce, bendita, tudo, pois morrer com Cristo é ressuscitar com Ele. Como Cristo Jesus foi fiel até a morte pela igreja, pois era o único caminho possível para que Ele estivesse com ela, assim também a igreja não temerá a morte se ela for a única coisa que a separe de estar com Jesus, na perfeita comunhão que um dia, numa vida fiel, tanto foi buscada.

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