O TÚMULO VAZIO E O LENÇO DOBRADO

POR HERNANDES DIAS LOPES
O TÚMULO VAZIO E O LENÇO DOBRADO

"No primeiro dia da semana, bem cedo, estando ainda escuro, Maria Madalena chegou ao sepulcro e viu que a pedra da entrada tinha sido removida. Então correu ao encontro de Simão Pedro e do outro discípulo, aquele a quem Jesus amava, e disse: "Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o colocaram! Pedro e o outro discípulo saíram e foram para o sepulcro. Os dois corriam, mas o outro discípulo foi mais rápido que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Ele se curvou e olhou para dentro, viu as faixas de linho ali, mas não entrou. A seguir Simão Pedro, que vinha atrás dele, chegou, entrou no sepulcro e viu as faixas de linho, bem como o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus. Ele estava dobrado à parte, separado das faixas de linho. Depois o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, também entrou. Ele viu e creu." João 20.1-8.

Nesse relato escrito por João encontramos três verdades que nos chamam a atenção.

- Em primeiro lugar, a pedra removida, uma prova eloquente da ressurreição de Jesus (20.1). A pedra era grande e ainda havia nela o selo inviolável do governador romano. O túmulo de Jesus foi aberto de dentro para fora. Jesus arrancou o aguilhão da morte e matou a morte ao ressuscitar dentre os mortos. Buda está no túmulo. Confúcio está no túmulo. Maomé está no túmulo. Alan Kardec está no túmulo. Mas Jesus está vivo. A pedra foi removida. Seu túmulo está vazio. Jesus não está mais lá. A morte não pôde detê-lo.


- Em segundo lugar, a remoção do corpo, uma crendice infundada (20.2). Maria Madalena é destacada no primeiro relato da ressurreição de cada um dos quatro evangelhos, mas só aqui ela aparece sozinha. Ela foi ao sepulcro de madrugada e, ao ver a pedra removida, correu ao encontro de Pedro e do discípulo amado para dar-lhes a notícia. Entretanto, no coração dela só havia uma possibilidade: alguém teria tirado o corpo do Senhor do sepulcro, e eles não sabiam onde o haviam colocado. Os olhos de Maria e dos discípulos ainda não tinham sido abertos para compreenderem o fato glorioso da ressurreição.

D. A. Carson destaca o fato de que o testemunho apresentado por uma mulher normalmente não era aceito no tribunal. Os evangelistas, não obstante, têm se esforçado para honrá-la, e cristãos sérios se lembrarão de que Deus gosta de escolher o que o mundo considera louco para envergonhar o sábio, a fim de que ninguém possa se vangloriar diante dele.


- Em terceiro lugar, o sepulcro vazio, o berço da fé (20.3-10). Pedro e João correm ao sepulcro. João, o discípulo amado, por ser mais jovem, chega primeiro, mas é Pedro quem entra no túmulo primeiro. Ali eles veem os lençóis e o lenço que cobria seu rosto. Estavam diante da mais contundente evidência da vitória de Cristo sobre a morte.

O túmulo de Jesus vazio é o berço da fé. Warren Wiersbe diz que, ao escrever esse relato, João usou três termos gregos diferentes para ver. Em João 20.5, o verbo significa apenas “espiar, olhar de relance”. Em João 20.6, significa “olhar com cuidado, observar”. Já em João 20.8, quer dizer “perceber com uma compreensão intelectual”. Sua fé na ressurreição estava nascendo como um novo dia! O mesmo Jesus que mandou tirar a pedra do túmulo de Lázaro para ressuscitá-lo remove, sem nenhum auxílio humano, a pedra de seu sepulcro.

Os discípulos foram impactados pelo túmulo vazio e pelo Cristo vivo tornam-se pregoeiros da mais gloriosa notícia que o mundo já pôde ouvir: a morte foi vencida, Cristo ressuscitou! O túmulo vazio é o berço da igreja!

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